A mais proeminente figura da original cena da Noruega foi Øystein Aarseth, mais conhecido como Euronymous, o guitarrista da banda Mayhem. De muitas maneiras, ele foi o precursor da cena do black metal na Noruega. A cena era profundamente anti-cristã, e procurava remover o cristianismo e outras religiões não-escandinavas da cultura norueguesa, bem como tudo o mais que afetasse as raízes da Noruega. Isso conduziu à mobilização de algumas pessoas com idéias afins para a inclusão na cena black metal do país.
A maior parte deste movimento foi dirigida pelo
"Inner Circle", um grupo formado por Aarseth e alguns outros amigos
próximos, o principal alvo era instituições
cristãs, dezenas de igrejas foram queimadas, entre as famosas está a igreja de
madeira Fantoft e a capela de Holmemkollen. a sede ficava no sótão da loja de discos de Aarseth,
chamada de "Helvete" (ou Inferno). Essa loja também servia de estúdio de
gravações, e foi aí que foram gravados os discos do Mayhem e de outras
bandas de black metal que assinaram com o selo de Aarseth, chamado
Deathlike Silence Productions. Ele só assinava contratos com bandas que,
segundo suas próprias palavras, "encarnavam o mal em seu estado mais
puro" tornando-se assim um estilo elitizado moldando o sub-genero black metal aos dias atuais.
Alguns albuns lançados pela Deathlike Silence Productions:
A cena black metal não ganhou uma grande repercussão na mídia quando o
vocalista da banda Mayhem, Per Yngve Ohlin, que adotava o pseudônimo
"Dead", cometeu suícidio em Abril de 1991 com um tiro de espingarda na
cabeça, depois de ter cortado os pulsos e garganta. Devido o seu grande
senso de humor mórbido, deixou escrito: "Desculpe todo o sangue".
Per Yngve Ohlin, |
Seu
corpo foi descoberto por Aarseth, que em vez de chamar a polícia, foi
correndo para a loja mais próxima comprar uma câmera e tirou fotografias
do cadáver. Uma dessas fotografias serviu de capa para o álbum Dawn of
the black hearts, do Mayhem. Boatos dizem que Euronymous fez colares dos
fragmentos do crânio de Ohlin e que ingeriu pedaços de seu cérebro.
Durante esse tempo na Noruega
diversas igrejas foram queimadas, e o círculo de Aarseth foi acusado desses
atos. Negaram, contudo, terem queimado as igrejas, reclamando que o seu
objectivo era inspirar seus seguidores a perpetuar o orgulho escandinavo e não
deixar que suas origens fossem esquecidas.
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