terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Infaernalea Dictionariis


Dicionário demonológico on-line

Morte Súbita Inc. pretente oferecer o melhor e mais completo guia de demonologia em português da internet. Esta é uma compilação crescente de entidades demoníacas, organizados por ordem alfabética com referências extras para cada ser catalogado, com fornecimento de material adicional sempre que possível.

É importante notar que os textos descritivos vieram de muitos lugares diferentes mas em sua grande maioria provém de autores católicos, protestantes e outros monoteístas de crença semelhante. Por esse motivo, você vai notar que entre demônios é possível encontrar deuses de outras crenças como a egípcia, madeísta, asteca entre muitas outros. Também vale notar que por este mesmo motivo, existem várias comparações esdrúxulas como dizer que, Beherit é nome sirio para Satan, ou seja, qualquer entidade que não tivesse lugar no universo cristão era comparada ao diabo. Os deuses de hoje são os demônios de amanhã.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Endocanibalismo

Para algumas culturas, a melhor maneira de honrar seus mortos é levando em si mesmo uma parte deles. E a maneira mais correta de fazê-lo, é comendo-os. A prática é conhecida como "endocanibalismo" e reconhecido pelos antropólogos como um ritual amplamente difundido em certas culturas consideradas primitivas. Segundo os pesquisadores, esses "banquetes de cadáveres" são uma maneira de firmar uma conexão permanente entre os vivos e aqueles que partiram.


Trata-se de uma forma de catarse coletiva da tribo, uma maneira de expressar o medo e pavor associado com uma tragédia e tentar apaziguar essa dor. Culturalmente o ritual simboliza que a vida daquele indivíduo continua fluindo através de seus companheiros, de seus amigos e parentes. Alguns antropólogos sugerem que entre os povos que praticam o endocanibalismo, a prática constitui algo que os mortos esperam dos vivos - um gesto final de boa vontade da tribo e da família. Embora a antropofagia seja considerado um tabu na maioria das culturas, esse ritual é compreendido como uma forma de expressar respeito e desejo de que o morto esteja sempre presente. Existe uma grande diferença entre esse ritual e a prática de alguns povos de se alimentar dos seus inimigos vencidos. Nesse caso, devorar o inimigo simboliza obter seus atributos, em especial sua força e "magia". No endocanibalismo, a prática se refere apenas aos mortos queridos, geralmente parentes.
Durante o ritual, a tribo reza sobre o cadáver e chora lamentando sua passagem. Em meio a cerimônia (que ocorre na área comunal usada pela tribo) um pagé corta tiras de carne que são oferecidas aos presentes que se identificavam com o falecido. O que resta do corpo é queimado em uma fogueira após o ritual.
Embora não seja mais amplamente praticado, uma vez que os povos que tradicionalmente o faziam se "aculturaram" com costumes modernos, há rumores de que o endocanibalismo ainda é realizado em partes da Melanésia, em Papua Nova Guiné e pelo povo Wari na selva amazônica brasileira.
 
 
Povo Wari  (Leia mais aqui)

Totens Mortuários





Os nativos Haida da América do Norte construíam totens celebrando os atributos de animais e elementos da natureza. Esses grandes postes de madeira eram cuidadosamente entalhados com carrancas, pintados e cobertos de símbolos e adornos tribais.

Na crença dos Haida, os espíritos do além eram atraídos para esses totens, e perante eles, um xamã seria capaz de acessar os mistérios do além. Além de ser importante em muitas cerimônias religiosas, os Totens tinham uma função vital nas cerimônias funerárias. Membros da tribo eram enterrados em um fosso comunal cavado aos pés do totem. Por vezes as entranhas eram arrancadas e penduradas no Totem como forma de atrair animais selvagens que faziam o papel de emissários responsáveis por avisar ao mundo espiritual da chegada de um novo habitante.

Contudo, quando um chefe, guerreiro ou sacerdote morria a cerimônia era bem mais intrincada. Os Haida acreditavam que o morto ilustre deveria se unir ao Totem, quase se tornando parte dele. Para isso, a tribo carregava o cadáver até o Totem onde ele era esmagado, surrado e transformado em uma polpa sangrenta pela ação de amigos e parentes usando porretes cerimoniais. O objetivo desse tratamento era fazer com que o corpo ficasse apto a ser encaixado dentro de uma urna funerária mais ou menos do tamanho de uma valise. Para caber nesse compartimento exíguo, ossos eram cerrados, partidos, pulverizados...

Finalizado esse trabalho sanguinolento, a urna era depositada em um nicho escavado num lugar de honra no topo do totem de onde deveria proteger a tribo eternamente.




Missionários no século XVIII que se depararam com esse costume acreditavam que os Haida reservavam o tratamento aos seus inimigos. Não por acaso esse "mal entendido" cultural, fez com que a tribo fosse taxada como uma das mais violentas e abomináveis durante a Conquista do Oeste.  



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ocultismo e Diferenciação Pessoal

O Ocultista ama o desconhecido, sua vida foi marcada pela percepção continuada de que há algo mais do que a vista alcança.

Quanto a isso não há nada que ele, ou qualquer outro, possa fazer a respeito!!!

O desconhecido o atrai, ele o reconhece e o aceita, com o tempo, deixando de chorar ou de se lamentar por isso. Não existe ocultista que não tenha vivido o luto de diferenciar-se. Situações fora de seu controle exigiram que ele o fizesse em alguma parte de sua vida (um luto, uma crise, uma inversão de valores). Isto pode bem ter acontecido após ele muito lutar para encontrar alguma escapatória ou depois de muito duvidar das respostas pessoais que teve de dar às exigências da situação. Ele pode até ter lutado para fazer de conta que não vê (como to­dos) e só ter se rendido depois de muito mentir para si mesmo ou depois de tentar viver de forma inautêntica. Mas, sempre chega o dia em que ele descobre que toda tentativa de fuga foi mera perda de tempo, tempo precioso para alguém que sabe ter a “inevitável morte pessoal” à sua espera e que, portanto, sabe não ter “todo o tempo do mundo” para desperdiçar com hesitações e delongas diante do inevitável: a verdade da vida espiri­tual do homem.

O Ocultista sabe que um dos males que obscurecem a consciência do homem, hoje em dia, é a ausência (ou repressão) do SENTIMENTO e da INTUIÇÃO em sua vida: O homem moderno, adepto da seita "ciência materialista" (mesmo sem ter optado por isto), é um robô entregue a uma programação involuntária, que o faz afastar-se de suas origens e bases espirituais e psicológicas. É sempre mais fácil atender a uma solicitação externa do que a uma predisposição interna...

 



O Ocultista vive sua experiência como homem sem se importar se a "ciência oficial" o AUTORIZA a vive-la, ele apenas se deixa conduzir por sua própria experiência da realidade espiritual e psicológica, sem se delongar em caminhos que não se mostrem saudáveis ou “com sentido.” Ele não sucumbe à necessidade (hoje imperiosa) de seguir os valores de todos e conformar-se às regras de ser, estar, pen­sar ou sentir. Naturalmente, ao se separar do “ventre” (ou do “seio materno”) da sociedade industrial e burguesa, ele se sente solitário, diferente, discriminado, perseguido, tratado com desconfian­ça e até com violência proposital. Mas, ele continua, seguindo a “Lei do Tempo”, porque antes dele muitos continuaram, muitos seguiram o seu “coração”, muitos atenderam o desejo de sua alma... Até mesmo por isto, muitos foram punidos, discriminados, exilados, degredados, recolhidos, internados, perseguidos, humilhados, fuzilados ou roubados de seus mais básicos direitos humanos.

A caça às bruxas é mais atual do que nunca. O que mudou foram os métodos para obrigar pessoas a reprimirem a própria insegurança abraçando algum tipo de fanatismo; a se renderem às “respostas prontas” para tudo; a dizerem o que não sentem; a jurarem o que não acreditam perante a “comissão de julgamento”; a seguirem a voz da maioria quando a voz de sua alma e a do seu coração apontam para direções peculiares e distintas.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Reflexões satânicas - o caminho da mão esquerda

LaVey faz algumas citações sobre o Caminho da Mão Esquerda, mas não nos dá qualquer explicação sobre o que isso seja.

(…) Satanismo não é uma religião “white light”, é a religião da carne, do mundano, da matéria – tudo o que é regido por Satã, a personificação do caminho da mão esquerda.

(…) Torne forte através do fogo o cérebro do nosso amigo e companheiro, nosso confrade do caminho da mão esquerda.


O Caminho da Mão Esquerda é o caminho da Razão, que está em oposição ao caminho da Emoção, que é o Caminho da Mão Direita. 

Nele a lógica e o individualismo são o foco, e cada um segue o seu caminho, particularmente, de forma solitária. Não existe a preocupação direta com o próximo. Ele segue a ideia de que, se cada um pudesse cuidar de si mesmo, ninguém precisaria pensar no próximo.

É o caminho que enxerga o aperfeiçoamento pessoal como um benefício ao mundo, afinal, quando você se dedica a algo construtivo se torna uma pessoa mais útil ao mundo.
Entender esse conceito é entender a base e a estrutura do Satanismo, que não é boa nem ruim. É apenas um dos caminhos que pode te levar ao processo de iluminação.

O dito “olho por olho e dente por dente” é uma ideologia muito comum aos adeptos desse Caminho. Não é regra, mas é assim que o Satanismo se desenvolveu.
Você responde em igual maneira à forma com que lhe tratam.

“Amar ao próximo” tem sido dito como a lei suprema, mas qual poder fez isso assim? Sobre que autoridade racional o evangelho do amor se abriga? Por que eu não deveria odiar os meus inimigos – se o meu amor por eles não tem lugar em sua misericórdia? (Bíblia Satânica)

A origem da expressão vem do Budismo, quando Buda diz que é possível atingir o Nirvana por dois caminhos, o “caminho da mão esquerda” e o “caminho da mão direita”. O único detalhe aqui é que ele considera o caminho da mão direita mais “correto” do que o da mão esquerda.
Nunca encontrei referências sobre quem foi o primeiro ocultista a adotar essa expressão, mas as obras mais antiga, da qual lembro ter visto esses termos, foram as de Eliphas Levi.
O Caminho da Mão Esquerda é também associado à Magia Negra e a Magia Sexual. No entanto, isso sempre gera um grande problema. Aliás, são os mesmos problemas que criam todos esses mitos e lendas acerca da Maçonaria e do Satanismo, que é a dificuldade que as pessoas tem em compreender conceitos.

O que é a Magia Negra? Ela é o tipo de Magia que faz mau a alguém? Poderia ser essa a explicação?
Não, e as pessoas não deviam achar que isso faz sentido, afinal, é um tanto subjetivo fazer a avaliação sobre uma atitude ser verdadeiramente boa ou ruim (tanto para você como para a sociedade).
Os primeiros ocultistas definiram a diferença entre magia branca e negra baseada em princípios. Aquela magia que fosse feita de forma egoísta e egocêntrica (independente do propósito) seria aquela considerada Magia Negra, enquanto aquela que é feita com propósitos externos, visando o todo, seria a magia branca.
Ou seja, utilizar de artifícios metafísicos para ganhar alguma coisa, ou, para que alguém se prejudique, são atitudes que “estão no mesmo barco” – e é considerado Magia Negra.

A Magia Sexual está nesse processo pelo mesmo motivo. A Magia Sexual é feita para desenvolver os corpos espirituais por meio do fluxo de energia que corre entre o Masculino e o Feminino. Logo, ela também entra na conceituação de Mão Esquerda (e, para alguns, no conceito de Magia Negra).
Alguns podem estar se perguntando: “Então  é correto dizer que o Satanismo trabalha com Magia Negra?”
Sim, é correto, já que no Satanismo você emprega a sua Vontade para que o universo atraia aquilo que você considera bom para você. Mas tome cuidado para quem você vai dizer que “Satanismo é Magia Negra”.
Se coisas bem mais simples de se explicar – e de se entender – já se tornam “fantásticas” na “boca do povo”, imagine então uma afirmativa de impacto, como essa.
Além disso, Rituais feitos sozinho, geralmente tem a ver com o caminho da Mão Esquerda, da mesma forma que os procedimentos de meditação também – diferente do que acontece no caminho da Mão Direita.

Artigo retirado de maçonaria e satanismo

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Estrada da noite!

"Desde épocas muito remotas, existem relatos sobre fatos estranhos ocorridos com pessoas e veículos, parecendo que ficaram momentaneamente fora da nossa dimensão, passando por lugares e paisagens totalmente estranhas ao percurso normal da viagem que iriam realizar.

Teriam essas pessoas atravessado algum portal para outra época ou dimensão?"


Muitos desses fatos constam em artigos de revistas e jornais, sendo que
foram e são até hoje objeto de estudos de cientistas e pesquisadores.
Embora investigados e pesquisados a fundo, nunca se chegou à nenhuma conclusão definitiva sobre o que poderia causar tal fenômeno.

O fato descrito a seguir é sobre um desses acontecimentos:



Um misterioso fenômeno sobrenatural ocorreu já diversas vezes em uma estrada do interior da Inglaterra, e já matou vários motoristas.
A explicação dada pelos estudiosos é que no local possa haver uma possível distorção temporal, levando os viajantes para uma outra dimensão ou época.
Nesse caminho misteriosos, as leis da física não são obedecidas, sendo que o limite sutil existente entre nossa dimensão e outra, de repente é compido, fazendo com que algumas pessoas fiquem bem no meio desse estranho acontecimenro.


O testemunho da Senhora Barbara Davison que sobreviviu à essa incrível experiência é a prova do que pode acontecer nesse local:
Em uma noite escura de Março de 1979, a senhora Barbara Davison contou com a sorte ao evitar por pouco um acidente de sérias proporções na Rodovia de Acesso "Sevenoaks", em Kent, Inglaterra [Coordenadas GPS Aproximadas: 51°14'43.44"N, 0°11'33.94"E].
Dirigindo sozinha pela estrada que lhe era perfeitamente familiar, a senhora Davison entrou em pânico quando em determinado momento a estrada à sua frente desapareceu, sendo substituída por outra, muito menor, que dobrava à direita.

Ignorando bravamente o que seus olhos viam, ela se manteve à esquerda em direção à escuridão onde deveria estar a estrada real. Em segundos, o caminho escuro desapareceu e tudo voltou ao normal.
Se seguisse a estrada-fantasma, entraria no sentido contrário ao tráfego, o que poderia provocar um acidente fatal.
A experiência dessa mulher de Kent (que ela relatou a um jornal local) foi compartilhada por pelo menos três outros motoristas que dirigiam por aquela estrada na mesma noite.

Todavia, permanece o fato de que há mais de vinte anos não mais existia, naquele local, um caminho que seguisse à direita.
Como Barbara Davison, nenhum dos motoristas envolvidos tentou virar nessa direção, mas, ao investigar o fenômeno, os jornalistas locais descobriram que pelo menos quatro acidentes fatais aconteceram naquele trecho da estrada nos últimos 18 meses. Em cada uma daquelas inexplicáveis tragédias, os motoristas desviaram seus carros em direção à área reservada gramada intermediária da estrada de acesso de mão dupla.

Na ocasião, os peritos da polícia rodoviária tentaram associar a causa dos acidentes a alucinações provocadas pelo luar ou pelos faróis dos veículos no sentido contrário que possam ter feito os motoristas mudarem equivocadamente de direção. Embora fosse realizada uma investigação detalhada, não foi encontrada explicação tangível para os acidentes fatais que ali ocorreram, dando uma fama "macabra" para esse trecho de uma estrada da região.


POCONG - Cultura






Na Indonésia assim que uma pessoa morta ela é coberta com uma mortalha, eles cobrem o corpo do morto com um tecido branco e amarram a roupa na cabeça, no pescoço e nos pés. 

De acordo com as crenças nativas de lá a alma de uma pessoa morta fica na terra durante 40 dias após a morte, caso se passem os 40 dias e não desamarrem os laços da mortalha dizem que o corpo salta para fora da sepultura e vai avisar as pessoas que eles não desamararam os laços e ele quer que façam isso.  Como nos pés estão amarrados esses fantasmas pulam em vez de andar. Então pocong é esse fantasma.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Goétia



Considerado por séculos um grimorio de “baixa” magia, a Goetia (corriqueiramente traduzida como “uivo” ou “lamento”) tem sido um tomo proibido de magia negra. Os 72 espíritos de Salomão são como um instrumento de maldição e autoridade a qualquer desejo. Enquanto isto pode continuar por ser um aspecto Menor de Baixa Magia, a Magia ou Teurgia (alta bruxaria) não tem tido uma conexão explorada detalhadamente – até agora. 
Teurgia é Alta Magia, ou Alta Bruxaria. Isto é o desenvolvimento do self na luz, apontando ao melhoramento do ser em numerosos níveis. “Luz” pode se referir à percepção do ser, como Lúcifer que é o Senhor do Sol e a Coroa Esmeralda da Iniciação da Magia(K).  Teurgia é o caminho de invocação do gênio ou Anjo Guardião do Self.  Esta operação tem sido difundida com permutação dos trabalhos de Abramelin, Aleister Crowley e o Liber Samekh e os igualmente brilhantes escritos de Jake Stratton-Kent e Charles Gonzales. A “Invocação Preliminar” como foi publicada por Crowley na edição de 1904, foi desenvolvida da de Londres do papiro 46, era um Rito de Exorcismo Grego que foi traduzido por Charles Wycliffe Goodwin e publicado em 1852. Isto era realmente o que Aleister Crowley afirmou corretamente do mesmo modo que o supremo ritual foi aquele à invocar o Sagrado Anjo Guardião, que conduz ao caminho da perfeição individual.  Este é um terreno comum do qual o Caminho da Mão Esquerda e Caminho da Mão Direita “profisionalmente” podem admitir-se. Os caminhos tornam-se claramente definidos quando o CMD passa a ter como meta a busca da perfeição individual, então permite a consciência se unir à luz divina, ou ao Hebraico Ain Soph, que é a Ilimitada Luz. O CME habilmentre enxerga a consciência e o ser como beleza, sagrada e honrada, desenvolvida e forte. A consciência do descobrimento da Verdadeira Vontade ou Demônio/Anjo aspirará tornar-se tal como Lúcifer e ser independente, e isolado e separado do Ain Soph, Luz Limitada. Deveríamos lembrar, esta é a Limitada Luz de que é Azazel – Lúcifer lamenta e murmura para ser independente disso.


A Goetia é realmente violenta, poderosa e um tanto terrível, um grimorio real. Esses que tem assobiado e vibrado os sagrados nomes e a chama da luz da evocação dos demônios deste livro estarão altamente habilitados a reviver as legendas de Fausto e até mesmo as ficções de horror, autores como H.P. Lovecraft e seus contos macabros. Com Aleister Crowley, a quem, em sua juventude levou adiante a escuridão da Goetia no Boleskine e em outras casas, ele fez apenas experimentos da Vontade. Enquanto na superfície, ele mostrava-se consciente evocando os espíritos para aplacar seus desejos carnais, e outras questões materiais; subconscientemente ele estava rompendo com os padrões vigentes para desenvolver sua Vontade.
O Lemegeton ou Goetia como é chamado na verdade é um proibido e indispensável instrumento de magia prática. Nas áreas específicas em que é nomeada os termos bruxaria sabática ou luciferiana e magia(k), há um definitivo propósito que é esclarecido na Natureza dos Espíritos Goétios. Magia(k) é ela mesma definida como evolução adiante, ou ascensão. Como a Magia(K) é um Trabalho Celestial que define e revigora a vontade (ou a Vontade revigora a Magia) assim a fim de que a união seja trazida com a declaração baphomética, como acima, do mesmo abaixo. A Goetia é um trabalho de magia negra. Freqüentemente vista como Magia(K) Negra na percepção de Aleister Crowley, criaturas maliciosas trabalhando na bruxaria. Eu digo que uma moderna ou realística percepção da Magia(k) Negra é a arte detransmutação (alquimia) do self, edificando e individualizando a psique. A meta é especialmente a alta articulação da alma e da Vontade do indivíduo. Isto é considerado Negro porque este é o símbolo do desconhecido, tal é a grande parte da psique e do subconsciente.
O Magista Negro é por conseguinte aquele que Trabalha com seu próprio ser, construindo e definindo o caráter de “Eu” e da criatura. A Bruxaria assim é um agregado energético de espíritos dos mortos e do subconsciente do self; para ser capaz de fortalecer e explorar os caminhos da mente.  O Magista Negro, além disso, deve entender o respeito que é necessário quando se está trabalhando com forças exteriores que freqüentemente relatam um contexto interno. Esta é a chave do caminho da Bruxaria Goétia que justifica um perigo considerável. O Caminho da Magia(K) é forma divina de Lúcifer, o Anjo perfeito. Ascendendo ao Sol, e Caindo ao entardecer da Lua. Este é o Caminho da Auto-Magia – assim é em cima, assim é em baixo.  


O modelo Luciferiano é apresentado diferentemente neste trabalho, como um portal ou uma chave para a expansão da mente e para o desenvolvimento. Não podemos mais prolongar a hórrida doença do Cristianismo sob o Trabalho Goetio – não haverá como a fragilidade da mente aproximar-se deste tomo sem aprisionar-se. As Paredes que estão em torno vencem, contudo, e elas estão igualmente edificadas, maiores do que nunca.


Bruxaria Goétia devia ser ela mesma a gramática e a fundamentação da Arte Mágica, que é que ascensão da luz e o calor do sol. Na ordem do pleno entendimento e percepção do self e da luz com a obrigatória exploração do reino demoníaco ou infernal. Eles frequentemente conduzem ao espontâneo sucesso, e ao à meteórica queda nas chamas – em vez do self ascender-se ao exterior conduzindo o fogo para o interior do self, é destruído por ele. São as Chamas o Archote da Arte Magia.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

BHUTÂS: OS FANTASMAS PRISIONEIROS DO PASSADO



Palavra sânscrita, é o particípio passado da raiz verbal bhu, significando Ser ou Vir-a-Ser, aquilo que será. O termo Bhutas, portanto, refere-se àqueles que foram, entidades que viveram no passado.

Os Bhutas são "escudos", cascas, os chamados "cascões" desprovidos de tudo que é espiritual e intelectual. Tudo aquilo que foi a entidade real abandona o "cascão" que nada mais é além de um corpo astral decadente.

Os Buthas são assombrações, fantasmas, simulacro, relíquia de um homem morto; resíduos e remanescentes astrais de um ser humano. Sombras dos antigos, pálidos e fantasmagóricos habitantes do Mundo Astral [Kama-Loka, no budismo esotérico]. São as cópias astrais das pessoas às quais pertenceram um dia.


Esvaziados de tudo o que pertencia à real entidade, o Butha vive no reino Astral em processo de decadência, deixado para trás depois da morte física do homem [estão em permanente e lenta desmaterialização]; conseqüentemente, contatos físicos ou astrais com qualquer destes cascões são extremamente malignos porque os Buthas, mesmo inconscientemente, podem ser persistentes em seu "desejo de viver" [Tanha]. Muitos não hesitarão em extrair energia vital dos vivos para, com essa energia, alimentar a própria existência, débil e essencialmente efêmera.


Os Buthas, embora pertençam ao Mundo Astral são magneticamente atraídos às localidades físicas dotadas daquelas qualidades que satisfazem aos impulsos materiais que ainda dominam o fantasma. São as almas penadas que vagam pelo mundo.

O fantasma de um homem que se entregava à bebida vai buscar as tavernas. O Bhuta de alguém que viveu uma existência repleta de lascívia, será atraído pelos bordéis e lupanares. A sombra de um homem justo, ao contrário, sentirá repulsa por tais lugares e não resistirá, entregar-se-á ao natural esvair-se do seu próprio ser.


Fonte

Baphomet



Esta é a figura mais popular de Baphomet, trabalhada em cores sobre o desenho original em preto e branco, elaborado pelo Mestre Ocultista Eliphas Levi, que utiliza esta ilustração em sua obra, Dogma e Ritual da Alta Magia (1995, p 220).
 
Para os esotéricos, Baphomet ou o Bode de Mendes, é uma imagem erroneamente associada ao mito de Diabos e dos Belzebus. Na verdade, é uma composição hieroglífica eivada de simbolismos. Em magia hermética, o bode representa o fogo e é, ao mesmo tempo, o símbolo da geração (LEVI, 1995). A explicação de Eliphas Levi é detalhada:


O bode (...) trás na fronte o signo do pentagrama, com a ponta para cima, o que é suficiente para fazer dele um símbolo de luz; faz com as mãos o sinal do ocultismo (...) O facho da inteligência que brilha entre seus chifres é a luz mágica do equilíbrio universal (...) A cabeça horrenda do animal exprime o horror do pecado (...)
 
O caduceu, que está no lugar do órgão gerador, representa a vida eterna; o ventre coberto de escamas é a água; o círculo que está em cima é a atmosfera; as penas que vêm depois são o emblema do volátil; depois, a humanidade é representada pelos seios e os braços andróginos desta esfinge das ciências ocultas. (...)
 
O terrível Baphomet não é (...) senão um hieróglifo inocente e até piedoso. (...) O Baphomet dos Templários, cujo nome deve ser soletrado cabalisticamente em sentido inverso, se compõe de três abreviações, Tem ohp ab, Templi omnium hominium pacis abbas, o pai do templo, paz universal dos homens ... (LEVI, 1995 - p. 337, 338, 343)


No Taro de Marselha, gravura semelhante aparece na carta XV: ...um monstro de pé num altar, trazendo uma mitra e chifres, tendo seio de mulher e as partes sexuais de um homem, uma quimera, uma esfinge disforme, uma síntese de monstruosidade; e embaixo dessa figura, lemos esta inscrição franca e ingênua: O Diabo (LEVI, 1995 - P 336).  


O Baphomet, de Eliphas Levi, trás ainda uma expressividade corporal curiosa e significativa: o braço direito, apontando para cima, ostenta na parte interior do antebraço a palavra solve, enquanto o esquerdo, que aponta para baixo, tem escrito coagula. Aqui convém deter esta explicação. O significado hermético dos dois termos e do gesto é um ensinamento reservado aos que se esforçarem para obtê-lo.


A Feiticeira de évora

A feiticeira ou bruxa de Évora é uma das personagens mais populares e misteriosas do folclore e das lendas da magia, especialmente na esfera da cultura popular. Sua biografia é dispersa, incerta, cheia de contradições.  Até onde conduzem as pesquisas, não pode ser considerada figura histórica; no entanto, sua fama é suficiente para considerá-la arquétipo mítico de um certo tipo de bruxa, de feiticeira.

 

Sobre uma Bruxa de Évora, como pessoa localizada em um tempo, sua identidade primeira e verdadeira, sobre isso não há, nenhum registro que possa ser considerado como Histórico, documental, de fonte confiável. Documentos referentes à Bruxa simplesmente inexistem.  

É difícil até mesmo determinar a época em que viveu. A maioria dos textos/livros sobre uma Bruxa de Évora afirma que ela viveu no século... Outros, dizem que viveu em meados da Idade Média. Todavia,  um único de texto de referência permite supor que, na verdade, essa Bruxa é mais antiga, e que poderia perfeitamente ter vivido em pleno século III d.C..

 

Ilustração Bruxa de évora
Mítica, é possível que a primeira bruxa de Évora tenha sido tão poderosa e influente que seu nome tornou-se sinônimo para praticantes da bruxaria que vieram muito depois e também fizeram fama desde o antigo oriente Médio, Ásia Menor. Uma idéia de bruxa que alcançou não somente a Península Ibérica mas também toda a região costeira do Mar Mediterrâneo, os Bálcãs, as ilhas do mar Mediterrâneo: ao longo de séculos, a expressão "Bruxa de Évora", tornou-se algo como um título.


A BRUXA & O SANTO FEITICEIRO

As pesquisas sobre esta feiticeira indicam que boa parte de sua fama nasce junto com a fama de um outro mago negro controverso: Cipriano de Antioquia que viveu no século III da Era cristã (anos 200). Este, depois de uma vida dedicada à magia negra, converteu-se ao Cristianismo e foi até canonizado passando fazer parte da história Cristã como São Cipriano.




Segundo as lendas, pois as biografias desses personagens não têm registros históricos precisos, o nome "Bruxa de Évora" [ou Bruxa de YeborathIebora, em árabe يعبره significando Cruzado, cruzamento, encruzilhada] aparece pela primeira vez, no contexto do estudo da História da Bruxaria, ligado ao nome do Santo feiticeiro. Ela teria sido uma das mestras do mago e ele, seu discípulo mais prestigiado, herdeiro de seus feitiços. 

Porém, esse encontro NÃO ACONTECEU na península Ibérica, como sugere o termo designativo, distintivo da Bruxa, Évora que é uma cidade histórica de Portugal.

 

Segundo a biografia do feiticeiro Cipriano, seu encontro com a Bruxa aconteceu na Mesopotâmia, na Babilônia, [atual Iraque] onde se reuniam os ocultistas que  estudavam a magia dos antigos Caldeus [sobretudo Astrologia].

 

Os dois personagens, já legendários: Cipriano, o Feiticeiro e supostamente, um de seus Mestres, sendo uma certa Bruxa de Évora, parecem ser um caso de migração de mitos e sincretismo cultural.

 

Ambos, Cipriano e a Bruxa, originalmente, parecem pertencer ao acervo das crenças e figuras mitológicas que chegaram à península Ibérica em diferentes períodos históricos mas que combinaram-se perfeitamente no universo da mítica do sobrenatural: primeiro, chega a lenda Cipriano, já difundida no Martirológio cristão: o caso do Feiticeiro e sua misteriosa mestra de Yeborath. O Bruxo que virou Santo.

Mais tarde, o juntamente com os Mouros sarracenos que invadiram e dominaram o território a partir de 715 d.C., vieram as bruxas misteriosas do Oriente, quase ciganas,  as bruxas das Yeborath ou Iebora, das encruzilhadas, das agulhas.

 

E, se sobre a Bruxa não há registro históricos de  espécie alguma, a não ser como arquétipo, sobre Cipriano, o Santo Feiticeiro, existem, ao menos, um parcos documentos, como sua Confissão depois da conversão ao Cristianismo.

 

Como foi dito, Cipriano – o Feiticeiro não somente encontrou uma certa Bruxa de Evora em sua passagem pela Babilônia como dela teria herdado os , as poções, os segredos do poderes de sua Mestra.

 

Considerando essa informação como fato possível, uma Bruxa ou feiticeira na/ou da Babilônia seria, naturalmente, versada naquele tipo magia característica da cultura Mesopotâmica, aquela normalmente classificada como magia das trevas, da mão esquerda, magia negra: Goecia, necromancia, vidência, evocações, parcerias com demônios, envultamentos [encantamento à distância: os bonecos de cera e as agulhas], oráculos.

 

Essas bruxas e bruxos foram aqueles que preservaram alguma coisa das tradições da magia das tribos nômades e reino antigos de tempos ainda mais arcaicos entre os quais destacam-se os Caldeus e os Assírios. Era uma Magia de sombras, freqüentemente desprovida de escrúpulos, sem critérios éticos, que livremente associava-se com entidades não humanas e pouco confiáveis: demônios, gênios, formas-pensamento, elementais, espíritos de pessoas mortas.

 

Uma bruxa assim poderia, mesmo ter existido. E não somente uma, mas várias. As bruxas de-ou-das Evoras seriam algo como uma categoria de feiticeiras. Voltando à etimologia da palavra Évora, embora sejam encontradas raízes em solo europeu,  não se pode desconsiderar a Yeborath dos árabes que, como foi explicado tem como significado: Cruzado, cruzamento, encruzilhada.

 

Uma etimologia que sugere a do termo Bruxa de Évora para Bruxa de Encruzilhada ou, bruxa que faz seus trabalhos em encruzilhadas, lugar de Pactos. [Lembrando uma característica que lembra a divindade grega Hécate, senhora dos encantamentos e do mundo dos mortos.]

 

Com uma pequena mudança gráfica e fonética, se Yeborath é dito Iebora, então o significado muda para Agulha, agulhas e assim resulta, Bruxa das Agulhas. Ou seja, uma bruxa que trabalha com agulhas [supõe este pesquisador, agulhas e bonequinho de cera. Meditemos]...


 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

XIII A Morte



XIII. A Morte (ou Arcano sem Nome)


O Arcano das Transmutações e da Vida Eterna






Esta carta, comumente designada como “Morte”, não tem nome algum inscrito no tarô de Marselha ou em suas suas variantes mais recentes. No entanto, em jogos similares franceses, do século 17, o título "La Mort" está presente. Veja acima a carta de Jean Noblet.

Um esqueleto revestido por uma espécie de pele tem uma foice nas mãos. Do chão negro brotam plantas azuis e amarelas, e diversos restos humanos. O fundo não está colorido.

No primeiro plano, à esquerda, uma cabeça de mulher; à direita, uma cabeça de homem com uma coroa.

Um pé e uma mão aparecem também no chão; outras duas mãos – uma mostrando a palma e outra as costas – brotam atrás, ultrapassando a linha do horizonte.

O esqueleto está representado de perfil e parece dirigir-se para a direita. Maneja a foice, sobre a qual apóia as duas mãos. Em algumas variantes, seu pé direito não está visível.

Para o iniciante, mostra-se como a carta mais temível, mas os estudos simbólicos ajudam a entender um outro sentido no plano da evolução humana.



Significados simbólicos

Grandes transmutações e novos espaços de realização.

Dominação e força. Renascimento, criação e destruição.

Fatalidade irredutível. Fim necessário.



Interpretações usuais na cartomancia

Fim de uma fase. Abandono de velhos hábitos.

Profundidade, penetração intelectual, pensar metafísico. Discernimento severo, sabedoria drástica. Resignação, estoicismo, dom para enfrentar situações difíceis. Indiferença, desapego, desilusão.

Mental: Renovação de idéias, total ou parcial, porque algo vai intervir e tudo transformar; como um fenômeno catalisador ou um corpo novo que modifica totalmente a ação do corpo atual.

Emocional: Afastamento, dispersão. Destruição de um sentimento, de uma esperança.

Físico: Morte, perdas, imobilidade. Completa transformação nos negócios ou atividades.

Sentido negativo: Do ponto de vista da saúde, estagnação de enfermidade ou processo. A morte poderá ser evitada, mas em troca de uma lesão incurável. Segundo sua posição, pode significar a morte, em seus múltiplos matizes, mas também maus acontecimentos, más notícias.

Prazo fatal. Xeque-mate inevitável, mas não provocado pela vítima.
Ânimo baixo, pessimismo, perda de coragem.
Interrupção de um processo para começar de modo diametralmente oposto.



E provável que a alegoria da morte representada como um esqueleto com a foice, seja original do Tarô; se isto for verdade, trata-se de uma das contribuições fundamentais feitas pelas cartas à iconografia contemporânea, considerando a ampla popularidade desta metáfora macabra.

Van Rijneberk divide o estudo deste arcano em três aspectos: o número treze, o esqueleto, a foice. Como emissário de uma premonição sombria, o treze tem seu antecedente cristão nos comensais da Última Ceia, de onde a tradição extraiu um conto bastante popular da Idade Média: quando treze pessoas se sentam à mesa, uma delas morrerá em breve.

Esta superstição seria herdeira de outras versões mais antigas: Diodoro da Sicília, contemporâneo do imperador Augusto, explica desse modo a morte de Filipe da Macedônia, cuja estátua havia sido colocada junto as dos 12 deuses principais, dias antes de ser assassinado.

Simbolicamente, o 13 é a unidade superadora do dodecadenário, ou seja, a morte necessária de um ciclo completo, que implica também – ainda que este aspecto tenha sido esquecido na transmissão popular – a idéia conseqüente de renascimento.

Na arte cristã primitiva não há traços deste simbolismo durante os primeiros séculos, o que não parece estranho se considerarmos as idéias centrais dos catecúmenos, ou seja, a morte entendida como pórtico de
uma vida melhor, a confiança na proximidade do Juízo Final (e a conseqüente ressurreição da carne); a absoluta falta de medo frente a um estado transitório.

O esqueleto propriamente dito só aparece em todo o seu esplendor nas Danças da morte, disseminadas pelos cemitérios e claustros europeus, quase que simultaneamente, e com certeza não antes do séc. XV.


Dança da Morte. Gravura em madeira (1493) - www.deathreference.com

O esqueleto propriamente dito só aparece em todo o seu esplendor nas Danças da morte, disseminadas pelos cemitérios e claustros europeus, quase que simultaneamente, e com certeza não antes do séc. XV.

O tema das composições desse período mostra-se idêntico em todos os lugares: o esqueleto se apodera (o matiz está apenas no grau de violência ou gentileza) de criaturas humanas de ambos os sexos, de qualquer idade e condição.

Outro elemento que as Danças da morte têm em comum é que todas são posteriores ao Tarô, de cuja popularidade puderam extrair o encanto de suas imagens.




Nestas danças, no entanto, não há esqueletos com foices, mas sim com diversos objetos (uma espada, um arado, um par de tesouras, um arco e flechas) que se referem em geral ao ofício da pessoa que será levada pela morte.

Em Joel (4,13), Mateus (13,39), Marcos (4,29) e no Apocalipse (14,14-20) podem ser encontradas metáforas bíblicas em que se fala da foice como instrumento de justiça empunhado por Jeová, pelo Filho do Homem e, mais tarde, pelos anjos: como derivação deste princípio moral.

Os esotéricos não vêem a morte como falha ou imperfeição: as formas se dissolvem, variam de aparência quando se tornam incapazes de servir ao seu destino. Desse modo, entre o Imperador e a Morte (primeiros termos do segundo e do quinto ternário, respectivamente), há apenas uma diferença de matizes: ao esplendor máximo do poder e da matéria sucede sua extinção, que é uma conseqüência lógica e também uma necessidade. Como parábola do processo iniciático em oposição à vida corrente, é talvez o arcano mais explícito: “O profano deve morrer – lembra Wirthpara que renasça a vida superior que a Iniciação concede”.

A morte guarda relações simbólicas com a terra, com os quatro elementos, e com a gama de cores que vai do negro ao verde, passando pelos matizes terrosos. Também é associada ao esterco, menos pelo que este possa ter de desagradável do que pelo processo de transmutação material que representa.

   

   Fonte 



Mais informações:

- O Triunfo da Morte. Cláudio Carvalho repassa a história do Arcano 13 e oferece informações sobre a iconografia da Dança da Morte: Da Divina Comédia ao tarô de Crowley


- Da Morte e da Torre ou o medo é uma questão de escolha. Emanuel J. Santos examina os temores associados a essas duas cartas : Reflexões sobre a Morte e a Torre 


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