terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Infaernalea Dictionariis


Dicionário demonológico on-line

Morte Súbita Inc. pretente oferecer o melhor e mais completo guia de demonologia em português da internet. Esta é uma compilação crescente de entidades demoníacas, organizados por ordem alfabética com referências extras para cada ser catalogado, com fornecimento de material adicional sempre que possível.

É importante notar que os textos descritivos vieram de muitos lugares diferentes mas em sua grande maioria provém de autores católicos, protestantes e outros monoteístas de crença semelhante. Por esse motivo, você vai notar que entre demônios é possível encontrar deuses de outras crenças como a egípcia, madeísta, asteca entre muitas outros. Também vale notar que por este mesmo motivo, existem várias comparações esdrúxulas como dizer que, Beherit é nome sirio para Satan, ou seja, qualquer entidade que não tivesse lugar no universo cristão era comparada ao diabo. Os deuses de hoje são os demônios de amanhã.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Endocanibalismo

Para algumas culturas, a melhor maneira de honrar seus mortos é levando em si mesmo uma parte deles. E a maneira mais correta de fazê-lo, é comendo-os. A prática é conhecida como "endocanibalismo" e reconhecido pelos antropólogos como um ritual amplamente difundido em certas culturas consideradas primitivas. Segundo os pesquisadores, esses "banquetes de cadáveres" são uma maneira de firmar uma conexão permanente entre os vivos e aqueles que partiram.


Trata-se de uma forma de catarse coletiva da tribo, uma maneira de expressar o medo e pavor associado com uma tragédia e tentar apaziguar essa dor. Culturalmente o ritual simboliza que a vida daquele indivíduo continua fluindo através de seus companheiros, de seus amigos e parentes. Alguns antropólogos sugerem que entre os povos que praticam o endocanibalismo, a prática constitui algo que os mortos esperam dos vivos - um gesto final de boa vontade da tribo e da família. Embora a antropofagia seja considerado um tabu na maioria das culturas, esse ritual é compreendido como uma forma de expressar respeito e desejo de que o morto esteja sempre presente. Existe uma grande diferença entre esse ritual e a prática de alguns povos de se alimentar dos seus inimigos vencidos. Nesse caso, devorar o inimigo simboliza obter seus atributos, em especial sua força e "magia". No endocanibalismo, a prática se refere apenas aos mortos queridos, geralmente parentes.
Durante o ritual, a tribo reza sobre o cadáver e chora lamentando sua passagem. Em meio a cerimônia (que ocorre na área comunal usada pela tribo) um pagé corta tiras de carne que são oferecidas aos presentes que se identificavam com o falecido. O que resta do corpo é queimado em uma fogueira após o ritual.
Embora não seja mais amplamente praticado, uma vez que os povos que tradicionalmente o faziam se "aculturaram" com costumes modernos, há rumores de que o endocanibalismo ainda é realizado em partes da Melanésia, em Papua Nova Guiné e pelo povo Wari na selva amazônica brasileira.
 
 
Povo Wari  (Leia mais aqui)

Totens Mortuários





Os nativos Haida da América do Norte construíam totens celebrando os atributos de animais e elementos da natureza. Esses grandes postes de madeira eram cuidadosamente entalhados com carrancas, pintados e cobertos de símbolos e adornos tribais.

Na crença dos Haida, os espíritos do além eram atraídos para esses totens, e perante eles, um xamã seria capaz de acessar os mistérios do além. Além de ser importante em muitas cerimônias religiosas, os Totens tinham uma função vital nas cerimônias funerárias. Membros da tribo eram enterrados em um fosso comunal cavado aos pés do totem. Por vezes as entranhas eram arrancadas e penduradas no Totem como forma de atrair animais selvagens que faziam o papel de emissários responsáveis por avisar ao mundo espiritual da chegada de um novo habitante.

Contudo, quando um chefe, guerreiro ou sacerdote morria a cerimônia era bem mais intrincada. Os Haida acreditavam que o morto ilustre deveria se unir ao Totem, quase se tornando parte dele. Para isso, a tribo carregava o cadáver até o Totem onde ele era esmagado, surrado e transformado em uma polpa sangrenta pela ação de amigos e parentes usando porretes cerimoniais. O objetivo desse tratamento era fazer com que o corpo ficasse apto a ser encaixado dentro de uma urna funerária mais ou menos do tamanho de uma valise. Para caber nesse compartimento exíguo, ossos eram cerrados, partidos, pulverizados...

Finalizado esse trabalho sanguinolento, a urna era depositada em um nicho escavado num lugar de honra no topo do totem de onde deveria proteger a tribo eternamente.




Missionários no século XVIII que se depararam com esse costume acreditavam que os Haida reservavam o tratamento aos seus inimigos. Não por acaso esse "mal entendido" cultural, fez com que a tribo fosse taxada como uma das mais violentas e abomináveis durante a Conquista do Oeste.  



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ocultismo e Diferenciação Pessoal

O Ocultista ama o desconhecido, sua vida foi marcada pela percepção continuada de que há algo mais do que a vista alcança.

Quanto a isso não há nada que ele, ou qualquer outro, possa fazer a respeito!!!

O desconhecido o atrai, ele o reconhece e o aceita, com o tempo, deixando de chorar ou de se lamentar por isso. Não existe ocultista que não tenha vivido o luto de diferenciar-se. Situações fora de seu controle exigiram que ele o fizesse em alguma parte de sua vida (um luto, uma crise, uma inversão de valores). Isto pode bem ter acontecido após ele muito lutar para encontrar alguma escapatória ou depois de muito duvidar das respostas pessoais que teve de dar às exigências da situação. Ele pode até ter lutado para fazer de conta que não vê (como to­dos) e só ter se rendido depois de muito mentir para si mesmo ou depois de tentar viver de forma inautêntica. Mas, sempre chega o dia em que ele descobre que toda tentativa de fuga foi mera perda de tempo, tempo precioso para alguém que sabe ter a “inevitável morte pessoal” à sua espera e que, portanto, sabe não ter “todo o tempo do mundo” para desperdiçar com hesitações e delongas diante do inevitável: a verdade da vida espiri­tual do homem.

O Ocultista sabe que um dos males que obscurecem a consciência do homem, hoje em dia, é a ausência (ou repressão) do SENTIMENTO e da INTUIÇÃO em sua vida: O homem moderno, adepto da seita "ciência materialista" (mesmo sem ter optado por isto), é um robô entregue a uma programação involuntária, que o faz afastar-se de suas origens e bases espirituais e psicológicas. É sempre mais fácil atender a uma solicitação externa do que a uma predisposição interna...

 



O Ocultista vive sua experiência como homem sem se importar se a "ciência oficial" o AUTORIZA a vive-la, ele apenas se deixa conduzir por sua própria experiência da realidade espiritual e psicológica, sem se delongar em caminhos que não se mostrem saudáveis ou “com sentido.” Ele não sucumbe à necessidade (hoje imperiosa) de seguir os valores de todos e conformar-se às regras de ser, estar, pen­sar ou sentir. Naturalmente, ao se separar do “ventre” (ou do “seio materno”) da sociedade industrial e burguesa, ele se sente solitário, diferente, discriminado, perseguido, tratado com desconfian­ça e até com violência proposital. Mas, ele continua, seguindo a “Lei do Tempo”, porque antes dele muitos continuaram, muitos seguiram o seu “coração”, muitos atenderam o desejo de sua alma... Até mesmo por isto, muitos foram punidos, discriminados, exilados, degredados, recolhidos, internados, perseguidos, humilhados, fuzilados ou roubados de seus mais básicos direitos humanos.

A caça às bruxas é mais atual do que nunca. O que mudou foram os métodos para obrigar pessoas a reprimirem a própria insegurança abraçando algum tipo de fanatismo; a se renderem às “respostas prontas” para tudo; a dizerem o que não sentem; a jurarem o que não acreditam perante a “comissão de julgamento”; a seguirem a voz da maioria quando a voz de sua alma e a do seu coração apontam para direções peculiares e distintas.