INTRODUÇÃO
Em 1888, o East End de Londres
(em inglês) era um local assombroso. Casas de ópio e bordéis dividiam o
espaço apertado dos quarteirões com residências. Moradores bêbados
saíam dos bares direto para as ruas onde crianças brincavam. A
violência era comum e os pedidos de ajuda normalmente não eram atendidos
[fonte: Haggard (em inglês)].
As condições de vida no East End refletiam a pobreza de seus habitantes. Havia pouco acesso à água tratada e doenças como a tuberculose e a difteria se espalhavam facilmente. Algumas mulheres
se envolviam em prostituição para complementar a renda de suas
famílias. Era um lugar desolador, deprimente e, muitas vezes, ameaçador
para se viver.
Isso
tudo só torna mais significante que no outono daquele ano tenha sido
cometida uma série de assassinatos tão brutais que se destacaram
nitidamente mesmo naquele cenário sombrio, a ponto de chamarem a atenção
do mundo inteiro. No distrito de Whitechapel, no East End, várias
prostitutas foram assassinadas. As cenas dos crimes constituíam um palco
assustador; os cadáveres brutalizados mostravam alto grau de perversão.
O assassino era um colecionador que pegava órgãos das vítimas como
troféus. A assinatura de uma carta recebida durante a onda de
assassinatos deu um nome a esse monstro: Jack, o Estripador.
Confira o que pensa Trevor Marriott, especialista no assassino de Londres, sobre o famoso caso que se mantém misterioso 125 anos depois
Ex-detetive da divisão de homicídios da Metropolitan
Police, Trevor Marriott passou a estudar o caso de Jack, o Estripador
mais de um século depois, em 2002.
Sem contar com muitos dos documentos originais e fontes
da época, ele aplicou ao caso uma abordagem que chamou de “investigação
do século 21”. Contatou fontes antigas, foi ao tribunal requerer acesso a
documentos da polícia, reuniu irregularidades na coleção de provas e
suspeitos do passado, apontou sua hipótese de que os órgãos das vítimas
não eram removidos pelo assassino, colocou em cheque a lista de cinco
vítimas consideradas genuínas até então e indicou o marinheiro mercante
Carl Feigenbaum como seu principal suspeito.
suposto Jack, o alemão Carl Feigenbaum |
Confira a entrevista exclusiva com o especialista em Jack, o Estripador, no portal terra:
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