segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Mitos - Deusa Kali


Deusa Kalí


Kali, do sânscrito Kālī काली (que significa, literalmente, A Negra), é uma deusa pertencente a tríplice hindu da criação, da preservação e da destruição. Ela é também uma das formas da deusa Parvati, que é a esposa do deus Shiva e sua força animadora. Deusa da morte e da sexualidade, é representada como uma mulher exuberante, possuidora de quatro braços, pele azul, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele. Traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído do esposo Shiva. Na mitologia hindu, Kali é uma manifestação da Deusa Durga.



Kali é uma das divindades mais cultuadas do Hinduísmo e é venerada na Índia como uma mãe. Ela é a fome insaciável do tempo, que dá a luz e depois devora. Crânios, cemitérios e sangue estão todos associados ao seu culto. A energia de Kali é incontrolável.
A celebração à deusa Kali Mãe acontece entre o final de outubro e o início de novembro. As cerimônias têm início nas residências dos devotos que recebem a marca da deusa em cor vermelha na entrada; são chamadas de Kali Bari, ou os “Lares de Kali”. Existem muitos templos dedicados a Deusa, espalhados em bosques, florestas, campos e montanhas.








Necrópole - Histórias de Fantasmas VOL. 2



Desde tempos imemoriais, perguntas sem resposta assombram o ser humano: De onde viemos? Para onde vamos? O que nos impele a continuar? O que há além?


A procura de soluções para esses mistérios que permeiam nossa existência sempre norteou nossa consciência, tanto individual quanto coletivamente. Foi precisamente das tentativas de solucionar o que é impossível de ser comprovado pela ciência que as mais diversas tradições mágicas e religiosas foram criadas. Todas elas, do xamanismo siberiano à magia ocidental, passando pela pajelança americana, pelo vodu haitiano e pela feitiçaria européia, são tentativas de encontrar alguma chave que abra à humanidade o portal dos mundos sutis, que dê acesso à morada dos deuses, à chama da sabedoria primordial.


Necrópole - Historias de Fantasmas



Necrópole - Histórias de Fantasmas é o segundo volume da série de uma coleção dedicada à nova nata dos suspense e do terror. A cada livro, um tema diferente, sempre com escritores brasileiros, que apresentam histórias distintas, mas o mesmo cenário: a Necrópole, metrópole que noite e dia digere nossas almas, gerando em seu ventre cadáveres célebres e assassinos anônimos.




Arte póstuma!

Túmulos Estranhos

Nesta página : http://www.slightlywarped.com/crapfactory/curiosities/2009/weirdandcreepy.htm                 
é possível ver algumas das lápides mais estranhas já feitas, abaixo algumas imagens:










THE MERRIEST CEMETERY

Na Romênia precisamente na cidade de Sepntisa as lápides coloridas representam o "cemitério feliz"

A tradição começou em 1930, quando um menino de 14 anos chamado John Petrish Stan começou a esculpir e pintar os marcadores incomuns. Petrish continuou até sua morte em 1977, mas passou seus conhecimentos para um aprendiz que continua o trabalho.









sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A lenda de Jack, o Estripador

INTRODUÇÃO 

Em 1888, o East End de Londres (em inglês) era um local assombroso. Casas de ópio e bordéis dividiam o espaço apertado dos quarteirões com residências. Moradores bêbados saíam dos bares direto para as rua­s onde crianças brincavam. A violência era comum e os pedidos de ajuda normalmente não eram atendidos [fonte: Haggard (em inglês)].
As condições de vida no East End refletiam a pobreza de seus habitantes. Havia pouco acesso à água tratada e doenças como a tuberculose e a difteria se espalhavam facilmente. Algumas mulheres se envolviam em prostituição para complementar a renda de suas famílias. Era um lugar desolador, deprimente e, muitas vezes, ameaçador para se viver.

Isso tudo só torna mais significante que no outono daquele ano tenha sido cometida uma série de assassinatos tão brutais que se destacaram nitidamente mesmo naquele cenário sombrio, a ponto de chamarem a atenção do mundo inteiro. No distrito de Whitechapel, no East End, várias prostitutas foram assassinadas. As cenas dos crimes constituíam um palco assustador; os cadáveres brutalizados mostravam alto grau de perversão. O assassino era um colecionador que pegava órgãos das vítimas como troféus. A assinatura de uma carta recebida durante a onda de assassinatos deu um nome a esse monstro: Jack, o Estripador. 
 

Confira o que pensa Trevor Marriott, especialista no assassino de Londres, sobre o famoso caso que se mantém misterioso 125 anos depois

 
Ex-detetive da divisão de homicídios da Metropolitan Police, Trevor Marriott passou a estudar o caso de Jack, o Estripador mais de um século depois, em 2002.


Sem contar com muitos dos documentos originais e fontes da época, ele aplicou ao caso uma abordagem que chamou de “investigação do século 21”. Contatou fontes antigas, foi ao tribunal requerer acesso a documentos da polícia, reuniu irregularidades na coleção de provas e suspeitos do passado, apontou sua hipótese de que os órgãos das vítimas não eram removidos pelo assassino, colocou em cheque a lista de cinco vítimas consideradas genuínas até então e indicou o marinheiro mercante Carl Feigenbaum como seu principal suspeito.


 
suposto Jack, o alemão Carl Feigenbaum
 
 
 
 
Confira a entrevista exclusiva com o especialista em Jack, o Estripador, no portal terra:
 
 

Mistérios Antigos : Métodos de tortura

Enforcamento 


O enforcamento pode ser encarado como uma forma de excução ou de suicídio. Desde o império Persa que ao longo da história vem sendo usado como forma de aplicar a pena capital.
Actualmente ainda é aplicado legalmente para cumprir as sentenças de pena de morte em países como a Índia, Malásia, Singapura e até nos Estados Unidos, para além dos países islâmicos como Irão, Arábia Saudita, Síria entre outros.
Como forma de suicídio o enforcamento é a segunda em países como o Canadá ou os Estados Unidos, apenas ultrapassado pelas armas de fogo.
A execução na forca tem de ser cuidadosamente preparada no que concerne ao tamanho da corda a utilizar e para garantir uma morte rápida. Se a corda for demasiado longa existe o risco de decapitação do condenado, se fôr demasiado curta o estrangulamento pode demorar até 45 minutos. O comprimento da corda está relacionado com o peso da vítima.
O peso da vítima ao cair deve ser suficiente para causar a morte, no entanto são raros os casos de morte instantânea.




Se o condenado tiver músculos do pescoço fortes, se fôr demasiado leve, se a queda fôr “curta”, ou o nó tiver sido mal posicionado a morte não ocorre pela quebra do coluna vertebral mas sim por lenta asfixia. Se isto ocorrer a cara engorda, a língua projecta-se para fora da boca, o corpo defeca e ocorrem movimentos bruscos em todos os membros.


Por vezes ocorre um estranho fenómeno chamado de erecção da morte (angel lust), é uma ereção pós-morte que ocorre quando um indivíduo do sexo masculino morre verticalmente ou de face para baixo permanecendo o cadáver nesta posição.
Durante a vida, o bombear do sangue pelo coração assegura uma distribuição relativamente uniforme em todos os vasos sanguínios do corpo humano. Uma vez que este mecanismo terminou apenas a força da gravidade actua no movimento do sangue.


Se um indivíduo morrer verticalmente como no enforcamento, o sangue descerá pelas pernas até aos pés. O sangue remanescente no tronco move-se para uma posição inferior devido à força da gravidade, e enquanto o sangue na cintura (que não pode descer devido aos pés que estarem “cheios”) faz com que o pénis se encha com o sangue e se expanda. Esta é chamada erecção da morte.


Até onde chega o sadismo e a maldade do Homem para com o seu semelhante? Este site, com a ajuda de imagens e textos bem construídos, mostra-nos a maldade e o engenho demoníaco do ser humano ao longo dos tempos.








As origens de instrumentos de tortura como os que estão nestas páginas perdem-se nas trevas da História. A maioria estava em uso durante séculos, antes do advento dos Tribunais de Feiticeiros. Até onde se sabe, não havia fabricação em massa desses instrumentos. Eles eram impressionantemente duráveis, conservando-se por décadas a fio. Mesmo na época da caça às bruxas os ferreiros locais conseguiam atender sem dificuldade a demanda por reposições.








Vestigios Nucleares!

20 Anos depois de Chernobyl


O legado da ex-União Soviética em termos de contaminação nuclear, não se restringem apenas às vitimas directas do acidente de Chernobyl mas sim a uma infinidade de descuidos e de falta de precaução para os perigos nucleares.

Na galeria abaixo é possível verificar alguns dos casos mais horrendos.

Site: http://www.pixelpress.org/chernobyl/index.html

Fotografia: robert knoth / http://www.robertknoth.com/

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Abandoned City

Cidade Fantasma


Esta página apresenta-nos uma cidade abandonada, algo que apaixona muita gente devido às imagens e à espécie de nostalgia que este tema proporciona mesmo sem nunca lá termos estado! infelizmente existe alguma confusão quanto à sua localização. Há quem diga que é Chernobyl, outros alegam que é Pripya e ainda há quem diga que é Promyshlenny. Seja como for parece que é dado adquirido que fica na Rússia ou na Ucrânia, seja como for é decididamente no planeta Terra.

Já agora vejam aqui uma escala temporal do que aconteceria se acontecesse o mesmo a todas as cidades do planeta!











FOTOS COMPLETAS : http://englishrussia.com/2006/09/05/an-abandoned-city/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

HellFire Club

Club do fogo Infernal

Ao contrário do que geralmente se pensa, o poder repressivo da Igreja não era, em absoluto, algo generalizado, ao contrário, funcionava, em grande medida, em função da origem social, qie oprimia com mais força as classes baixas e médias, ao passo que na aristocracia desfrutava de privilégios impensáveis para o povo simples.

No ínicio do séc. XVIII, uma pessoa de boa familia podia ser moderadamente livre-pensadora e levar uma conduta abertamente libertina sem que tivesse de temer grande coisa das autoridades civis e eclesiásticas, Claro que, como sempre, a Espanha era a exceção a esta regra, a pressão da igreja permaneceu ativa e inapelável até a invasão napoleônica, além de ser uam força social de primeira ordem até os últimos anos do regime do general Franco.

Em outras regiões mais afortunadas, grupos de jovens endinheirados fundaram clubes especificamente instaurados para celebração da blasfêmia e práticas satânicas, de modo geral, bares ocultos onde podiam reivindicar seus atos reprimidos, como o sexo, as drogas e a bebedeira, eram chamados de "Clubes do fogo infernal" (Hellfire Club).




O Clube do Inferno foi um clube privado freqüentado pela elite inglesa do século XVIII. Foi em sua época mais ilustre presidido por Sir Francis Dashwood. Presume-se que suas reuniões se constituíam de pródigas bebedeiras e orgias sexuais e, segundo crenças populares com menos fundamento, cultos satânicos e rituais de magia negra. Os encontros do Clube do Inferno eram realizados na Abadia de Medmenham, à margem do rio Tâmisa.


O Clube do Fogo do Inferno foi fundado ali pelo ano de 1719, pelo controverso Philip, Duque de Wharton (1698-1731), um aristocrata, um proeminente político Whig e maçom emérito, pois foi o sexto Grão-Mestre da Grande Loja de Londres na molecagem dos seus 22 anos. O Duque de Wharton oscilava nos primórdios de sua vida, entre um ateísmo que ridiculariza a religião, passando por uma fase deísta na maçonaria e morrendo aos 33 anos, convertido ao catolicismo, num convento franciscano na Espanha. Na sua juventude, presidia reuniões festivas com vestes satânicas numa taverna perto da Praça St. James em Londres.




Passagem no interior da "falsa igreja"
O Clube do Inferno foi uma espécie de revival de um clube que existira previamente, na década de 1720, e sua primeira reunião realizou-se na sede desse clube, na Lombard Street, em Londres. Na inauguração, a associação contava com apenas doze membros, mas cresceu rapidamente. A identidade de apenas sete dos doze membros originais foi confirmada: Francis Dashwood, Robert Vansittart, William Hogarth, Thomas Potter, Francis Duffield, Edward Thompson e Paul Whitehead. Especula-se que outras figuras ilustres participaram do clube e, embora não um membro oficial, Benjamin Franklin compareceu a reuniões do Clube.




 Formações posteriores contariam com mais de cem membros, entre nobres, burgueses e intelectuais.
Apesar do nome Clube do Inferno ter tido maior difusão, os membros costumavam chamá-lo por outros nomes, a maioria sátiras de nomes de confrarias religiosas, como Ordem dos Cavaleiros de West Wycombe, Irmandade de Saint Wycombe e os Monges de Medmenham. Os membros chamavam Sir Dashwood de Abade e uns aos outros de Irmãos; as companhias femininas eram chamadas de freiras.




Fonte: 
Livro- Histórias ocultas do Satanismo

terça-feira, 24 de setembro de 2013

FANTASMAGORIA - ANTIGA ARTE DA ILUSÃO

O NASCIMENTOS DOS FANTASMAS

A Revolução Francesa, com suas muitas mortes, guilhoitinas e demais atrocidades, foram o cenário perfeito para a geração dessas sensações macabras. E o interesse do público pelo macabro inerente à Revolução, incentivou grandemente a execução desses shows de fantasmas.
Tudo começa no auge da Revolução Francesa, quando chega em Paris o físico belga Étienne-Gaspard Robert (1763-1837), mais conhecido como Robertson, e que teve uma engenhosa ideia: a produção de fantasmas ópticos.


Étienne-Gaspard Robert
O porém é que já haviam alguns fabricantes de fantasma em Paris como Cagliostro e Mesmer. Porém o diferencial de Robertson, além de ser um estrangeiro desconhecido, era que ele, de fato, era um entendido na ciência e na óptica, além de se proclamar um possuídor de poderes ocultos.
Alguns historiadores afirmam que Robertson era, na verdade, um plagiador. Ele haveria se apossado da ideia de um alemão chamado Paul Philidor ou Philipsthal, que havia apresnetado um espetáculo de fantasmagoria em Paris poucos dias antes da morte do Rei Luís XV. Além disso, Philip era dono de um museu de curiosidades sobre ótica, mecânica e automatos. verdade ou não, o fato é que o show de Robertson era uma vedadeira experiência sobrenatural.




Étienne, que ao menos sabia se promover, inundou Paris com cartazes propagandeando a si próprio. Tamanho foi o sucesso de sua divulgação que o lugar marcado para a sua apresentação, um pequeno teatro de 70 lugares, ficou sem espaço para o tanto de pessoas que compareceram.


Cartazes anunciando shows de fantasmagoria

O SHOW 

Poultier, um repórter local, escreveu acerca daquele espetáculo. Nesta nota Poultier conta que o belga colocava em um braseiro em chamas dois vasos cheios de sangue, algumas substâncias químicas e algumas folhas do periódico “Jornal dos Homens Livres” (um jornal republicano da época) fazendo aparecer por entre a fumaça produzida um horrível fantasma coberto por uma capa vermelha, representando a liberdade segundo consta, e armado com um punhal, para logo desaparecer, tão misteriosamente quanto apareceu.

 
Fantasmas aparecendo por cima do público. Repare nos braseiros gerando a fumaça por onde aparecem os fantasmas.


A seguir um jovem da plateia se levanta e solicita ver o fantasma de sua amada já falecida; o jovem então mostra um retrato dela para Robertson. O físico repete outra vez a operação no brazeiro e eis que surge o busta da jovem, com seus cabelos fluuando no ar e sorrindo para o seu amado.

A notícia toda é bastante extensa. Mas o exposto aqui já é o bastante para imaginarmos o tamanho do impacto que esta notícia deve ter causado nos leitores da época.


Como já foi dito, o lugar marcado para as apresentações era deveras pequeno para o sucesso de Robertson que logo conseguiu mudar-se junto com seus fantasmas e seus aparatos para um lugar mais amplo e, por acaso do destino, um lugar com “espírito” para tais apresentações: um velho e abandonado convento capuchinho, próximo à Praça de la Vendome, em Paris. Esta nova locação foi a grande alavanca no marketing de suas apresentações.


Os espectadores que chegavam eram conduzidos através de corredores escuros rodeados de antigas tumbas e lápides mortuárias. O cenário não podería ser mais perfeito. Era um grande show de imagens e sensações.


 Se as projeções por si só, já aterrorizavam a audiência, o ambiente tétrico as pontecializavam ainda mais. A isso, ainda foram acrescentados sons ambinetes de trovões, sinos, correntes e outros sons dessa linha.
E o terror não parava por aí. Alguns ajudantes caminhavam entre as trevas da cripta, com lanternas presas em seus corpos, o que produzia outros efeitos sobrenaturais, como o de espíritos, ou fantasmas caminhando e cercando ao público.  Alguns dos espectadores nem se atreviam a olhar as projeções. Outros tantos acabavam por sair do teatro correndo, tamanho era o medo incutido pela fantasmagoria de Robertson.
Se levarmos em conta que, ainda hoje, viramos a cara em certas cenas de terror, e consideranod ainda que para aquelas pessoas, a fantasmagoria era o equivalente ao nosso cinema, podemos vislumbrar, ainda que em parte, o tamanho do espanto e do medo, causado por tais espetáculos.



FONTES

Texto base:

Mais imagens e textos complementares:

Occultos Libertum

Ocultismo



A capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história. O simples ato de buscar o auto-conhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra, conduziu o destino de civilizações, desenvolveu conceitos que se estenderam por vários séculos e gerou um infinito e crescente ciclo ideológico.

A espiritualidade é o combustível desta incessante busca. É quem santifica o homem e consagra a terra. É quem desenvolve o conhecimento e o direciona ao próprio benefício. É neste momento que nasce o conceito de um deus responsável pela criação do universo, de forças e seres superiores que conduzem a existência humana. A fé, oriunda no espírito humano, e o dogma, são as principais colunas que sustentam as religiões e doutrinas espalhadas ao longo do globo terrestre.




Se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, que pode ser acessível apenas aos membros mais elevados na hierarquia de determinadas ordens.
Na sociedade contemporânea, ocultismo também designa temas sobrenaturais, e até certo ponto, supersticiosos, que não tenham um caráter religioso formal, mas que estejam relacionados às filosofias e doutrinas. A religião e o ocultismo também são responsáveis por criar grupos sociais que podem estar associados a manifestações culturais e políticas, por exemplo.
Não existem bases confiáveis para se estabelecer um ponto de partida comum das crenças. Mas pode ser na cultura dos babilônios e egípcios do período pré-cristão, que está a raiz do ocultismo ocidental. Os deuses e religiões desta época se desenvolveram ao longo das eras, sofreram transformações agregando em si diversos elementos de outras culturas, emergindo novos conceitos e ressurgindo velhas crenças.



Ao longo dos tempos, a humanidade divinizou alguns de seus filhos, que se tornaram profetas e imortais no coração e na crença de tantos outros. O homem sagrou terras, erigiu templos e monumentos, louvou a vida e entoou cânticos em nome de suas divindades e da própria fé. Mas a fé combinada com a vaidade e a ganância promoveu guerras, escravizou, segregou e retardou a evolução do espírito.





Na Cultura Obscura não há apologia à nenhuma crença ou religião. Porém, há, após tantas divagações e suposições, a certeza de que a consciência coletiva caminha em busca do conhecimento e da elevação espiritual, utilizando-se da capacidade de crer e ao mesmo tempo questionar, intrínsecas à alma humana.





Fonte: http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo.htm

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

OS VIVOS E OS MORTOS NA SOCIEDADE MEDIEVAL!


Fantasmas na história


Uma análise histórica sobre a crença em fantasmas no período medieval da europa. com base na obra de jean-claude schmitt que trata sobre as relações entre os vivos e os mortos daquele período.


A morte e os mortos constituem universalmente uma parte importante das crenças religiosas e do imaginário social sobre este tema, embora cada sociedade tenha a sua representação própria do além e daqueles que se foram, ou seja, o destino que os aguarda, que sempre povoou as mentalidades dos homens de antanho.

Estas aparições fantasmagóricas concebem uma interpretação sobre as viagens do mundo dos mortos e suas visitas ao mundo dos vivos, que normalmente, os vivos que os vê são antigos conhecidos ainda em vida. O objetivo deste é revelar aos vivos a geografia dos lugares do mundo dos mortos, lugares estes que habitavam o imaginário medieval do Ocidente.Com os relatos sobre fantasmas o historiador é de pronto imerso nos detalhes deste imaginário cristão da Idade Média, trava-se analises com os cruzamentos confusos de caminhos de relações sociais tomadas entre os viventes e os recém mortos que os visitam. Estes relatos de fantasmas focalizam toda a atenção na condição do, então, falecido, que descreve aos viventes a sua situação, muitas vezes, nestas crônicas a existência do fantasma ou espíritos se dá em virtude do decurso do “rito de passagem”, ou seja, a aplicação ou não dos ritos fúnebres. Pode ser citado como exemplo um corpo desaparecido de um afogado que não ganhou sepultura, vítimas de assassinato, suicidas, morte de uma parturiente ou mesmo um natimorto.Pode ser observado desta forma uma herança, ou o peso desta, na sociedade medieval que encontra as reminiscências culturais greco-romanas ou heranças dos bárbaros. Visto que o Cristianismo rejeitou em um primeiro momento o culto dos mortos, como é apresentado em toda a iconografia sobre a Idade Média e suas mentalidades, que permeou muitas épocas. Nos Sécs. V e VI muitos dos rituais pagãos foram cristianizados tendo desta forma uma espécie de “morte domesticada”. Em outras palavras pode se observar que o modus vivendi do homem medieval estava articulado nesta dinâmica entre a idéia de salvação, sufrágio, dos mortos e os seus laços com os vivos de uma sociedade que vivenciava o visível e o invisível com intensidade e normalidade.




Muitas vezes as aparições se davam para transformar a Igreja Católica e legitimar um processo político em andamento, assim como relatava o mundo dos mortos e sua atual situação ou até mesmo anunciar uma morte ou transformação social.

Sendo assim pode ser afirmado que “vivemos em prol dos mortos mais do que dos vivos” e que desta forma as reminiscências de outrora transpassam o tempo e influenciam o agora, principalmente no Culto dos Mortos.



Referências:

SCHIMITT, Jean-Claude, Os Vivos e os Mortos na Sociedade Medieval - Companhia das Letras - São Paulo - S.P.




Todas as sociedades sempre souberam que o destino humano é a morte, e, por isso, quase todas tentaram imaginar os lugares habitados por seus mortos. Estudando a Idade Média, o autor mostra que os fantasmas são um produto social, ideológico, religioso e cultural que cria vínculos não só entre o passado e o presente - pois é no presente que os mortos renascem entre os vivos -, mas também com o futuro - pois este é o tempo que faz de todos os homens fantasmas em potencial.







Sobre o Autor:

Nasceu em Colmar, na França, em 1947. É professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris) e um dos mais importantes historiadores de sua geração, autor de inúmeros artigos e dos livros Le saint Lévrier (1979) e La raison des gestes dans l'Occident médiéval (1990).








quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Galvanizing Aldini (A arte da Eletrecidade em corpos humanos)



Entre as inspirações para o clássico gótico ´Frankenstein´ de Mary Chelley de 1818 estão os infames experimentos realizados em público pelo físico Giovanni Aldini (1762-1834) no Royal College of Surgeons em 1803.


Aldini foi o sobrinho do fisiologista italiano Luigi Galvani que realizou experimentos com pernas de rãs no final do século 18 e percebeu que os músculos se contraiam com a passagem de uma corrente elétrica (ele pensou ter descoberto uma singular ´eletricidade animal´). Provocando contração dos músculos pela aplicação de eletricidade vinda do que hoje se conhece como galvanismo [e galvanizar tem um sentido um pouco mais amplo]. Aldini ajudou no trabalho do tio e mais tarde promoveu o princípio em seus próprios experimentos e publicações.

“Em janeiro de 1803, o corpo do assassino George Forster foi retirado da forca da prisão Newgate em Londres e levado ao Royal College of Surgeons. Lá, diante de uma audiência de doutores e caçadores de curiosidades, Giovanni Aldini, sobrinho do falecido Luigi Galvani, preparou o retorno do corpo à vida.
Ao menos, era o que alguns espectadores pensaram testemunhar. Quando Aldini aplicou os bastões condutores, conectados a uma grande bateria, à face de Forster, “a mandíbula começou a tremer, e os músculos p´roximos foram horrivelmente contorcidos, e o olho esquerdo abriu.” O ápice da performance veio quando Aldini colocou a sonda no reto de Forster, resultando em um punho cerrado socando o ar, como em fúria, sua perna chutando e suas costas arqueando violentamente.” [leia mais no The Gardian]




Estes experimentos com eletricidade em humanos e animais foram descritos por Aldini em seu (agora raro) livro em 1804 ‘Essai Théorique et Expérimental sur le Galvanisme‘ do qual as ilustrações acima foram retiradas. Este trabalho também é notável por descrever pela primeira vez como agulhas de aço pode ser magnetizadas com uma corrente, bem como a exploração da velocidade da eletricidade através da água, sobre peixes elétricos e condutividade de chamas.
O trabalho em eletricidade de Aldini não se restringia a tentativas de reanimar corpos de humanos e animais. Antes de show em Londres, Aldini teve algum sucesso em tratamento hospitalar de pacientes que sofriam de ´melancolia´ pela aplicação de um forte choque elétrico – este foi o primeiro registro de terapia eletroconvulsiva, que em grande parte foi usada (com discutível mas aparente sucesso) até os tempos modernos em certos casos de depressão.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Cadáver , o plastificador de corpos!


O alemão Gunther von Hagens fala da sua exposição de cadáveres dissecados que vem chocando platéias do mundo inteiro.



Em 1977, Gunther von Hagens criou um método inovador de preservação dos corpos que mudaria para sempre sua vida profissional. Sua técnica começa com o congelamento imediato do cadáver e a substituição de todos os seus fluidos por acetona. Depois, a acetona é drenada e substituída por polímeros (materiais compostos de grupos de moléculas que se repetem em cadeia). O resultado é uma verdadeira aula de anatomia que faz parte da exposição Body Worlds (Mundo de corpos), que fica na Atlantis Gallery, em Londres, Grã-Bretanha, até o final de setembro – ainda sem previsão para chegar ao Brasil.
Ao expor cadáveres sem pele como o de uma mulher grávida com o feto exposto, Hagens vem despertando reações mistas de revolta e admiração. Em Londres, um visitante indignado chegou a usar um martelo para destruir um dos cadáveres. Em compensação, cerca de 4000 visitantes assinaram um documento com a intenção de doar os seus corpos para que, no futuro, eles sejam usados em exposições semelhantes. “Apesar de ser uma espécie de escultor, não me considero um artista”, diz Hagens. “Minha idéia é apenas mostrar esqueletos, músculos e outros detalhes da anatomia de uma forma agradável.”



Entrevista com o artista:

Quando você começou a se interessar por cadáveres?
Aos seis anos de idade, passei sete meses dentro de um hospital. Sofro de hemofilia e me lembro de que, na época, mesmo estando em coma, escutava as pessoas conversando sobre as minhas chances de sobrevivência. Foi a primeira vez que estive próximo da morte. Logo depois, fui a uma exposição de esculturas e decidi me tornar um escultor. Fiquei com essa idéia na cabeça por um bom tempo. Aos dez anos, vi um bezerro natimorto na fazenda do meu tio e lhe pedi que me deixasse dissecar o animal. Ele não deixou, mas me deu o coração do bezerro e eu fiquei tentando entender como ele funcionava. Quando completei 16 anos, larguei a escola por não estar tirando boas notas e fui trabalhar em um hospital, como ascensorista. No mesmo hospital, virei telefonista, ajudante de escritório e assistente de enfermeiro. Como morria alguém a cada semana, acabei acompanhando uma autópsia e fiquei completamente fascinado. Cheguei a levar escondido um cérebro para minha casa para estudá-lo e desenhá-lo. O curioso é que, hoje, o meu trabalho está bem próximo da minha idéia original de ser um escultor.

E por que o senhor não se considera um artista?
Nunca estudei arte e não preciso da criatividade de um artista para fazer o que faço. Não considero os corpos expostos obras de arte. Sou uma espécie de inventor, um artesão.


Mas boa parte da crítica e do público chama o seu trabalho de arte...
Encaro isso como um elogio. Mas acho que é tudo fruto da sensação que as pessoas têm quando olham pela primeira vez partes desconhecidas da sua própria anatomia. É importante lembrar que eu não mudo nada nos corpos. Não faço os corpos mais bonitos. Eu apenas os conservo de uma maneira diferente.

Mas o senhor busca poses estéticas para exibir os corpos.
Isso é muito interessante. No Japão, quando montamos a primeira exibição, passamos semanas discutindo a melhor maneira de expor os corpos. Começamos colocando-os no chão, como se estivessem deitados. Mas as pessoas reclamavam e pareciam não gostar muito. Quando coloquei os corpos em posições que davam uma sensação de vida, movimento, duas coisas surpreendentes aconteceram: a exposição começou a lotar e eu passei a ser considerado um artista.


E como o senhor define em que posição cada corpo deve ser exposto?
Assim como os renascentistas, minha preocupação é expor um corpo de uma maneira que revele os detalhes da sua anatomia. Minha idéia é mostrar o esqueleto, os músculos e outros detalhes do corpo de uma forma agradável. A estrutura dos ossos, por exemplo, tem uma beleza típica de uma obra de engenharia. As poses são definidas em função dessa estrutura, não por um impulso artístico. Cada corpo exposto tem um vale anatômico, não estético.

E não é exatamente isso que parece incomodar tanto as pessoas?
É claro que tenho o desejo de atrair o maior número de visitantes, mas a minha intenção é dignificar o corpo e não desrespeitá-lo. Não troco, por exemplo, o pênis por algo sarcástico nem apelo para outros artifícios.


Mesmo assim, a exposição enfrenta protestos em todo lugar por onde passa...
É verdade. Na Alemanha, por exemplo, sofremos as mais diversas reações. Em Manheim, os líderes da igreja local tentaram fechar a exibição argumentando que o que faço “não é digno para os corpos”. Em Colônia, a igreja escreveu artigos pedindo para os fiéis não visitarem a exposição. O resultado foi um público de três milhões de pessoas. Já em Oberhausen, um padre decidiu ver a mostra antes de criticá-la. No meio da exposição, ele ouviu uma mulher que, espantada com o tamanho de um feto de três semanas, disse a uma amiga grávida: “Nossa, é isso que já está na sua barriga. Dá até para ver o pezinho dele. Você devia pensar melhor antes de abortar”. Depois desse diálogo, ele acabou achando a mostra educativa.

Como a maioria das pessoas costuma reagir?
Alguns adoram, outros sentem repulsa. Curiosamente, alguns estudantes de medicina ficam revoltados. O engraçado é que, durante o curso de medicina, se você dá um fígado ou um rim para eles estudarem, eles não se incomodam. Já quando se trata de olhar de frente para um corpo inteiro, o cadáver ganha um status humano e alguns deles não se sentem muito bem.


O que você espera que o público aprenda com o seu trabalho?
Fico satisfeito quando o visitante passa duas horas vendo os detalhes do esqueleto, dos músculos, dos órgãos. A exposição é uma grande oportunidade para que qualquer pessoa possa ver, em pouco tempo, o que um estudante de medicina levaria seis meses ou mais para aprender.

Essa exibição também mostra um corpo dissecado de um coelho e de um cavalo. O senhor planeja dissecar algum outro animal?
Sim. Recentemente trabalhei com o corpo de um camelo e o de um gorila. Agora estou à procura de algo maior, um elefante, quem sabe.

Você teria algum problema se alguém da sua família quiser passar pelo mesmo processo de conservação do corpo?
De jeito nenhum. Aliás, todos eles já autorizaram. Meu pai, minha mulher, meu filho, todos vão passar pelo mesmo processo. Eu até já fiz isso com o corpo do meu melhor amigo...


E não foi estranho?
Foi. Acabei percebendo que é verdade quando dizem que um cirurgião não pode operar alguém da sua família. Nessa época, tive pesadelos terríveis. Nos meus sonhos, a mão do meu amigo tentava me puxar para a morte com ele. Isso atrapalhou muito o meu trabalho e decidi que, quando um membro da minha família morrer, vou passar a tarefa para a minha equipe.

E o que ainda choca o senhor?
Ainda me choco quando corto o pulmão de um fumante. O barulho é terrível. A textura é completamente diferente da de um pulmão normal. Parece que estou cortando areia. E o pior é ver que as pessoas continuam fumando. O atentado terrorista nos Estados Unidos me chocou muito. Mas também me deu uma idéia. Pretendo fazer uma exposição que explique o que um ser humano pode fazer numa situação de emergência, como a do ataque às duas torres do World Trade Center.